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A cidade de Jerusalém estava toda agitada. A Festa da Páscoa estava prestes a começar. Na primavera, hebreus de todas as regiões iam a Jerusalém para participar desta festa especial e lembrar como Deus ajudou seus antepassados a escapar do faraó, rei do Egito. <br/>“Yeshua virá para a Páscoa este ano?”, perguntou o povo. Eles sabiam que os líderes religiosos do Templo não gostavam deste mestre da Galileia. Ele não só pregava contra suas tradições e leis, mas muitos acreditavam que ele era o Messias prometido, o Salvador de Israel. <br/>Os líderes religiosos estavam preocupados. “Este homem se tornou popular demais. O povo acredita no que Ele diz. Temos que nos livrar Dele antes que se vire contra todos nós!” Mas eles precisavam tomar cuidado. Yeshua tinha muitos inimigos, mas também muitos amigos. <br/>(Você sabia que o nome de Jesus em Hebraico é ‘Yeshua’? Seu nome completo é ‘Yehoshua’, que significa, ‘Deus é a minha Salvação’.) – Slide número 1
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Enquanto Yeshua e seus discípulos caminhavam pela estrada íngreme e pedregosa até Jerusalém, Ele disse o que aconteceria durante a Páscoa. “O Filho do Homem será entregue aos líderes religiosos. Ele será espancado, maltratado e morto, mas no terceiro dia Ele ressuscitará.” <br/>Os discípulos de Yeshua ficaram confusos. Eles tinham viajado pela Galileia com Ele, ouvindo Seus ensinamentos e viram Ele fazer milagres. “Por que o Mestre fala sobre ser condenado à morte?”, perguntaram uns aos outros. Eles não entendiam que Ele morreria em breve. Eles pensaram que Ele tinha vindo para derrotar os romanos e se tornar o rei de Israel, como o Rei Davi. <br/>Em pouco tempo, Yeshua e seus discípulos chegaram à aldeia de Betânia, perto de Jerusalém. Lázaro, o amigo de Yeshua, correu para encontrá-los. Quando visitava a cidade, Yeshua costumava se hospedar na casa de Lázaro e suas duas irmãs, Maria e Marta. <br/>De suas casas, os vizinhos de Lázaro olharam para o famoso mestre da Galileia. “Este é o rabino que realiza grandes milagres!”, disseram. Na última vez que Yeshua visitou Betânia, Lázaro tinha morrido e Yeshua o ressuscitara! A história do que Ele fez com Lázaro se espalhara. – Slide número 2
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Naquela semana, Lázaro e suas irmãs fizeram uma refeição especial para Yeshua e seus discípulos. Depois que terminaram de comer, Maria, com lágrimas nos olhos, abriu um frasco de perfume caro. O doce cheiro da flagrância encheu a casa quando ela derramou o perfume nos pés de Yeshua e os secou com seu cabelo.<br/>“Que desperdício de perfume”, disse Judas, um dos discípulos. “Ele poderia ter sido vendido por muito dinheiro e dado aos pobres.” Mas Judas não estava realmente preocupado com os pobres. Ele era responsável pelo dinheiro dos discípulos e queria tudo para ele!<br/>Do outro lado da mesa, Yeshua olhou para Judas e disse: “Deixe-a em paz. Ela fez este ato de bondade para o dia do meu enterro. Você sempre terá pessoas pobres, mas você não terá a Mim para sempre.” <br/>Judas suspirou de frustração. Ele esperava secretamente que o Mestre derrotaria os romanos e governaria Israel. “Ficar com Yeshua não está me servindo para nada”, resmungou ele. “Esses dias Ele só fala sobre morrer. Onde está o Reino prometido? Talvez os líderes religiosos me paguem um bom dinheiro se eu disser onde podem encontrá-Lo.” – Slide número 3
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Naquela noite, Judas deixou Betânia e andou apressado pelas ruas de Jerusalém até chegar ao Palácio do sumo sacerdote. Dentro do palácio, os líderes religiosos secretamente faziam planos para prender Yeshua. “O povo está começando a pensar que este rabino é mais importante do que nós. Alguns até dizem que Ele é o Messias. Temos que dar fim à vida Dele o mais rápido possível.”<br/>“Não durante a Páscoa”, disse um sacerdote. “Ele é seguido por multidões aonde quer que vá. O povo pode se revoltar se descobrir o nosso plano.” Um dos principais sacerdotes assentiu lentamente. “Vamos matar Seu amigo Lázaro também. Eles acreditam no que este pregador da Galileia diz porque Ele ressuscitou Lázaro dos mortos.”<br/>De repente, Judas escancarou a porta e entrou na sala. “O que me vocês <br/>me darão se eu ajudar a encontrar Yeshua?” As sobrancelhas do sacerdote principal crisparam. Ele não podia acreditar na sua sorte! Um discípulo de Yeshua queria trair seu Mestre. Ele pensou por um momento e disse: “Trinta moedas de prata.” <br/>Judas concordou, balançando a cabeça. Sem dizer mais uma palavra, ele deixou o palácio e desapareceu na escuridão da noite. “Se Yeshua realmente veio para derrotar os romanos, nada que eu faça importará”, disse ele. A partir daí ele procurou uma chance de trair Seu Mestre. – Slide número 4
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No início da manhã seguinte, Yeshua e seus discípulos encontraram um jovem burro para Yeshua montar. Quando eles se aproximavam da cidade de Jerusalém, uma multidão, que soube de Sua chegada, correu ao Seu encontro. “É o Messias”, eles clamaram. Acenando com folhas que tinham cortado das palmeiras, a multidão gritou: “Baruch Haba Be’shem Adonai! Bendito é Aquele que vem em nome do Senhor!”<br/>Os discípulos de Yeshua correram à frente, gritando e louvando a Deus o mais alto que conseguiam. “Bendito é o Rei que chega!” As pessoas cobriram a estrada com roupas e folhas de palmeira, para fazer um tapete real para receber Yeshua. “Aqui está o tão esperado Messias. Por favor, livrai-nos!”<br/>Um grupo de líderes religiosos chamados fariseus ouviu os discípulos louvando a Deus. “Rabino, mande seus discípulos ficarem quietos”, disseram eles. Mas Yeshua não estava preocupado. “Digo a verdade. Se meus discípulos se calarem, as próprias pedras clamarão!”<br/>Mais gente saiu de suas casas para ver qual era o motivo da confusão. “Quem é este homem?”, perguntaram. “Este é o Profeta Yeshua, da Galileia. Ele é o Messias prometido.” – Slide número 5
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Yeshua andou pelas ruas da cidade até chegar ao Templo. Suas paredes <br/>de pedra maciça pairavam acima das casas; seu telhado branco e dourado brilhava ao sol da manhã. Do lado de fora, centenas de soldados romanos guardavam os portões. Pilatos, o governador romano, não queria confusão durante a festa da Páscoa.<br/>Em seu interior, o pátio tinha se transformado em um mercado. Comerciantes compravam e vendiam animais e trocavam dinheiro. Eles estavam enganando o povo em vez de honrar a Deus. Yeshua cerrou os punhos. O Templo jamais foi um lugar para comprar e vender coisas. Deveria ser um lugar para adorar a Deus.<br/>Na manhã seguinte, Yeshua voltou ao templo e fez um chicote com uma corda. Estalando o chicote sobre Sua cabeça, Ele chutou as mesas dos vendilhões e derrubou seus bancos. “Como ousam transformar a casa do Meu Pai em um mercado!”, Ele Trovejou.<br/>A ovelha baliu e o boi mugiu. Moedas espalharam-se por todo o pátio e rolaram pela escadaria de mármore brilhante. Yeshua disse ao povo: “Está escrito: ‘Minha casa é uma casa de oração. Mas vocês a transformaram em um covil de ladrões!’” Quando os principais sacerdotes souberam o que tinha acontecido, eles ficaram furiosos. “Não vamos perder mais tempo. Temos de encontrar uma maneira de condenar este homem à morte!” – Slide número 6
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Naquela semana, Yeshua visitou o Templo para ensinar a todos sobre Deus. Muitas pessoas vieram para ouvir Sua pregação e ver se Ele realizaria milagres. Ele contou histórias para ensinar as pessoas os caminhos de Deus e como Deus queria que elas se comportassem.<br/>Quando os líderes religiosos viram a multidão ansiosa em volta de Yeshua, eles mandaram espiões para enganá-Lo com perguntas difíceis, então Ele poderia ser preso por falar contra Deus. “Rabi, sabemos que ensina as leis de Deus. É contra a nossa lei pagar impostos a César?”<br/>Yeshua sabia que os líderes religiosos ensinavam as leis de Deus, mas não as seguiam. “Por que vocês, hipócritas, tentam Me enganar? Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”<br/>Outro homem se aproximou de Yeshua e perguntou: “Qual mandamento de Deus é o mais importante?” Ele respondeu: “Ouça, Ó Israel. Você deve amar <br/>a Deus de todo o seu coração, alma e mente. Este é o primeiro e o maior dos mandamentos. O segundo é amar o próximo como a si mesmo. Todos os ensinamentos de Deus nas Escrituras se baseiam nestes dois mandamentos.” <br/>Os líderes religiosos rangeram os dentes. Apesar de Yeshua ter falado contra suas leis e tradições, Ele ainda obedecia e ensinava o que estava escrito nas Escrituras. Eles não conseguiram encontrar nem mesmo um único motivo para prendê-Lo. – Slide número 7
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No início da Páscoa, Yeshua e seus discípulos se encontraram em uma casa em Jerusalém para fazer uma ceia. Reclinado sobre as almofadas, Yeshua disse: <br/>“Eu quis compartilhar a ceia da Páscoa com vocês antes de morrer. Mas não comerei novamente até cearmos juntos no Reino de Deus.” <br/>Yeshua então tomou uma taça de vinho, deu graças e passou a taça pela sala. “Tomem a taça e bebam o vinho.” Em seguida, ele pegou o pão e o abençoou. “De agora em diante, façam isso para se lembrarem de Mim.” Ele partiu o <br/>pão em pedaços e passou para os discípulos. “Tomem o pão e comam. Ele representa o Meu corpo que está sendo repartido entre vocês.”<br/>Enquanto os discípulos comiam, Yeshua levantou-se da mesa. Ele derramou água em uma bacia e começou a lavar os pés dos discípulos. “Não”, disse Pedro, um dos discípulos. “Você nunca deve lavar meus pés! Este é o trabalho de um servo!” Yeshua respondeu: “Se não Me deixar lavar seus pés, não pode ser Meu discípulo. Estou mostrando como vocês devem se comportar.” <br/>Depois que Yeshua lavou seus pés, Ele disse: “Esta noite, um de vocês irá Me trair.” Os discípulos pararam de comer e olharam para cima. “Mestre, quem faria uma coisa dessas?” Eles se olharam com desconfiança. “É ele? Sou eu?”<br/>“É aquele a quem eu dou este pão”, Yeshua disse calmamente. Ele pegou um pedaço de pão, molhou no azeite de oliva e entregou a Judas. “Faça o que você tem que fazer.” O diabo já plantara no coração de Judas a ideia de trair Yeshua. Ele deixou a sala e desapareceu na escuridão da noite. Era hora de trair o rei. – Slide número 8
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Yeshua continuou ensinando a seus discípulos. Em seguida, Ele os conduziu pelos portões da cidade até um jardim de oliveiras chamado Getsêmani, onde por diversas vezes Ele orou em companhia de Seus discípulos. “Esta noite todos vocês vão fugir e Me deixar”, Ele disse. <br/>Pedro balançou a cabeça. “É impossível! Mesmo que todos fujam, nunca deixarei Você!” Os demais discípulos concordaram. Nenhum deles conseguia se imaginar fazendo uma coisa dessas. Yeshua sorriu com tristeza para Pedro. “Neste dia, antes de ouvir o arauto do templo, você negará que Me conhece por três vezes.” <br/>Yeshua levou seus discípulos mais próximos, Pedro, Tiago e João, para um canto afastado do jardim. “Esperem aqui. Vigiem enquanto rezo.” Ele andou um pouco mais longe e caiu no chão. “Pai, tudo é possível para Você. Por favor, não Me obrigue a fazer isso. Mas eu farei o que Você quer que Eu faça”, orou Ele. <br/>Yeshua compreendeu que estava prestes a morrer, então a promessa de Deus de restaurar seu povo poderia se cumprir. O suor correu pelo Seu rosto como gotas de sangue e respingou no chão. Cheio de tristeza, Ele orou com mais afinco. “Se Eu devo morrer, então, que seja de acordo com a Sua vontade.” <br/>Yeshua retornou aos três discípulos e os encontrou dormindo. “Não conseguem vigiar nem por uma hora? Vigiem enquanto oro.” Novamente Ele foi orar e, novamente, os discípulos adormeceram. A terceira vez que isso aconteceu, Yeshua disse: “Basta! Levantem-se. Aquele que Me trai está aqui!” – Slide número 9
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Através das oliveiras, Judas e um grupo de sacerdotes e guardas do Templo enviados pelo sumo sacerdote caminhavam em direção a Yeshua. A luz bruxuleante de suas tochas iluminou o jardim. Judas tinha dito a eles: “O homem a quem eu beijar é Aquele que vocês querem.” Ele foi até Yeshua e O beijou no rosto. “Shalom, meu Mestre.” <br/>Yeshua olhou calmamente para Judas. “Trai o Filho do Homem com um beijo? Então faça o que precisa fazer.” Cheios de raiva, os sacerdotes apontam para Yeshua. “Prendam! Prendam Esse homem!” Sem acreditar, os discípulos viram os guardas indo na direção de Yeshua. Eles não entendiam o que estava acontecendo. Eles ainda acreditavam que seu Mestre tinha vindo para derrotar os romanos e se tornar o rei de Israel. <br/>“Mestre, devemos lutar?”, gritaram eles. Sem esperar por uma resposta, Pedro sacou sua espada e a balançou freneticamente diante de um servo do sumo sacerdote, cortando a orelha dele. “Pedro, guarde sua espada!”, disse Yeshua. “Isto é o que Meu Pai quer que Eu faça. Ele teria enviado muitos anjos se Eu precisasse de ajuda.” Ele tocou a orelha do servo e o curou. <br/>Então Yeshua virou-se para os sacerdotes. “Vocês vieram para Me prender como um ladrão? Eu ensinei no Templo todos os dias e vocês não Me prenderam lá. Mas tudo isto aconteceu para que fosse cumprida a Palavra do Meu Pai.” – Slide número 10
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Os assustados discípulos correram para se salvarem. Eles tinham medo que os guardas do Templo os prendessem também. Todos fugiram, exceto Pedro e João. Eles seguiram Yeshua até a cidade, mantendo-se nas sombras para não serem vistos.<br/>Os guardas levaram Yeshua para o Palácio de Anás, um poderoso líder religioso. Anás era mau e tinha muitos amigos romanos importantes. Como outros líderes religiosos, ele deveria representar Deus junto ao povo. Mas os líderes nem sempre se comportavam como Deus queria. <br/>Anás fez muitas perguntas astuciosas a Yeshua sobre Seus ensinamentos para tentar enganá-Lo. No entanto, Yeshua era esperto demais para ser enganado por Anás. “Ensinei nas sinagogas e no Templo. Não falei nada em segredo. Se quer saber o que Eu disse, pergunte às pessoas que Me ouviram.” <br/>Anás andou para cima e para baixo. Suas perguntas não conseguiram enganar Yeshua. Sem ter certeza do que fazer, ele apontou para o outro lado do pátio e disse: “Levem-No a Caifás. Deixem que ele cuide desse suposto Messias.” – Slide número 11
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Os soldados levaram Yeshua aos aposentos de Caifás onde os líderes religiosos se reuniram. Caifás, que era o sumo sacerdote, disse a eles: “Este homem prega contra as nossas leis e tradições. As pessoas acreditam no que Ele diz. Temos de encontrar um motivo para matá-Lo antes que o povo O transforme em seu rei.” <br/>“Vamos pagar a algumas pessoas para dizerem que Ele é um encrenqueiro”, disse outro líder religioso. Ele olhou ao redor da sala e baixou a voz. “Então, certamente, os romanos irão executá-Lo.” <br/>Naquela noite, Yeshua foi trazido perante o Sinédrio, o conselho religioso judaico. Determinados a fazer com que Ele fosse considerado culpado, eles interrogaram muitos homens que tinham sido pagos para mentir sobre Yeshua. Mas as histórias que os homens contavam eram contraditórias. Por fim, dois homens se adiantaram. “Ouvimos Este homem dizer que Ele vai destruir o Templo e reconstruí-lo em três dias.”<br/>Caifás levantou-se e olhou para Yeshua. “Isso é verdade?”, perguntou ele. Yeshua permaneceu em silêncio. Novamente, Caifás perguntou: “Em nome do Deus vivo, é o Messias prometido?” Yeshua, levantou a cabeça e olhou para Caifás. “Você está correto. Um dia você Me verá sentado no lado direito do Meu Pai, vindo das nuvens do paraíso.” – Slide número 12
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Enquanto os líderes religiosos interrogavam Yeshua, Pedro aquecia-se perto da fogueira no pátio abaixo. Era o início da manhã, mas todos estavam <br/>bem acordados. Os servos corriam para lá e para cá. Os guardas estavam de prontidão. Todos sabiam que alguma coisa estava acontecendo.<br/>Uma serviçal que guardava o portão olhou para Pedro. “Você não é um dos discípulos de Yeshua?”, ela perguntou. Pedro balançou a cabeça. “Não”, ele disse. “Não sei de quem você está falando.” <br/>A serviçal não tinha certeza se acreditava em Pedro. Falando em voz alta para os homens perto do fogo, ela apontou para Pedro e disse: “Este homem é um discípulo de Yeshua da Galileia.” Então, eles lhe perguntaram: “Você é um de Seus discípulos?” De novo, Pedro balançou a cabeça. “Não, não sou”, ele disse. <br/>Pouco tempo depois, outro servo se aproximou de Pedro e disse: “Eu vi você no Getsêmani com Yeshua. Você deve ser um de Seus discípulos.” Pedro virou-se para o servo com raiva. “Olha”, disse ele. “Eu não conheço esse homem!” <br/>Em meio à escuridão, a voz do arauto do templo ecoou sobre a cidade. <br/>“Todos os sacerdotes, preparem-se para o sacrifício. Todos os israelitas, venham louvar”. Pedro olhou para cima e congelou. Do outro lado do pátio, os guardas levavam Yeshua embora. Naquele momento, Yeshua virou-se e olhou diretamente para Pedro. E Pedro lembrou o que Ele tinha dito. “Neste dia, antes de ouvir o arauto do Templo, você negará que Me conhece por três vezes.” Ele deixou o pátio em lágrimas. – Slide número 13
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Bem cedo naquela manhã, enquanto ainda estava escuro, os líderes religiosos levaram Yeshua, amarrado e vendado, a Pilatos, o governador romano. Apesar de Caifás tê-Lo julgado culpado, só Pilatos poderia condená-Lo à morte. Pilatos tinha vindo da Cesareia para manter a ordem durante a festa da Páscoa. Muitas vezes, ele ficava no palácio do Rei Herodes quando visitava a cidade. <br/>Fora do palácio, Pilatos montou um tribunal para julgar os prisioneiros. Uma vez por ano, durante a Páscoa, o governador romano libertava um prisioneiro escolhido pelo povo. Foi para lá que os líderes religiosos levaram Yeshua.<br/>Determinados a executá-Lo o quanto antes, eles deram três razões para Pilatos considerá-Lo culpado. “Este homem diz às pessoas para desobedecerem aos romanos e não pagar impostos a César. Ele afirma que é o Rei dos Judeus”. Pilatos não acreditou muito nos líderes religiosos. Ele sabia que eles tinham ciúmes deste pregador da Galileia. <br/>Pilatos chamou Yeshua e perguntou: “Você é o Rei dos Judeus?” Yeshua respondeu, “É o que você diz. Foi por isso que nasci e vim ao mundo – para falar a verdade.” Pilatos esfregou os dedos sobre o queixo. “Os líderes religiosos acusam Você de muitas coisas ruins. O que tem a dizer sobre isso?” Mas para seu espanto, Yeshua manteve-se em silêncio e não respondeu. – Slide número 14
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Fora do palácio, uma pequena multidão reuniu-se para escolher um prisioneiro. Pilatos perguntou a eles: “Vocês querem que eu liberte Yeshua, o  ‘Rei dos Judeus’?” Os líderes religiosos incentivaram as pessoas a pedir a libertação de Barrabás, um famoso prisioneiro. As pessoas gritavam: “Não liberte Yeshua. Liberte Barrabás!” <br/>Decididos a levar Yeshua à morte, os líderes religiosos disseram: “Ele ensina as pessoas a desobedecer aos romanos. Ele começou na Galileia e agora veio para cá.” Ao ouvir que Yeshua viera da Galileia, Pilatos teve uma ideia. Herodes Antipas governou a Galileia e também viera a Jerusalém para a Páscoa. “Levem Esse homem a Herodes”, disse Pilatos. “Talvez ele saiba o que fazer.”<br/>Herodes Antipas ficou radiante quando viu Yeshua. Ele bateu palmas de alegria. “Talvez Este homem realize um milagre para mim”, disse ele. Ele fez várias perguntas a Yeshua, mas Yeshua não disse uma única palavra. <br/>Herodes Antipas não estava acostumado a ser ignorado. Batendo com os punhos na mesa, ele gritou: “Tragam para este suposto rei um manto de linho fino!” Mas Herodes não queria honrar Yeshua. Ele queria zombar Dele. – Slide número 15
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Depois que Herodes Antipas ironizou Yeshua, ele O mandou de volta a Pilatos para tomar uma decisão. “Este homem não fez nada errado”, Pilatos disse <br/>à multidão. “Até mesmo Herodes Antipas concorda comigo. Vou puni-Lo e libertá-Lo.” <br/>Os líderes religiosos não queriam que Yeshua fosse libertado. Mais uma vez eles encorajaram a multidão a pedir a libertação de Barrabás. “Solte Barrabás!”, o povo gritou, mais alto que nunca. “Crucifique Yeshua!”<br/>Enquanto Pilatos olhava para a multidão, sua esposa enviou uma mensagem urgente. “Deixe esse homem inocente em paz. Tive um terrível pesadelo ontem à noite por causa Dele.” Pilatos estalou os dedos e pensou por um momento. A multidão aumentava cada vez mais. Ele tinha que fazer algo antes que as pessoas começassem uma rebelião. “Levem-No e apliquem chicotadas”, ordenou ele aos soldados.<br/>Os soldados romanos rapidamente obedeceram e levaram Yeshua para seu quartel. Eles tiraram Suas roupas, vestiram-No com um manto púrpura e colocaram uma coroa de espinhos em Sua cabeça. “Viva o Rei dos Judeus!”, disseram eles, enquanto O chicoteavam e zombavam Dele. Então, O levaram de volta a Pilatos, cansado e espancado. – Slide número 16
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Pilatos, assentou-se no tribunal diante do palácio. Yeshua estava ao lado dele e ainda usava uma coroa de espinhos como um rei. A multidão empurrava, tentando chegar mais à frente, gritando: “Crucifique Yeshua! Que Ele morra na cruz!” <br/>Incitados pelos líderes religiosos, eles começaram a se rebelar. Pilatos tinha que agir rápido! “Que homem vocês querem libertar? Barrabás ou o Rei dos Judeus?” Liberte Barrabás! Liberte Barrabás!”, a multidão gritou o mais alto que podia. <br/>“Se soltar esse homem, você não é amigo de César”, insistiram os líderes religiosos. “O único rei que temos é César”. Pilatos olhou para Yeshua. Ele não queria enviar este homem à morte. “Ele não fez nada de errado. Barrabás é o culpado”, murmurou ele. Ele olhou para a multidão, tentando decidir o que fazer. <br/>Finalmente, Pilatos levantou-se. Com o coração pesado, ele lavou as mãos lentamente em uma tigela de água. “Sou inocente da morte deste homem. Vocês é que vão matá-Lo!”, ele gritou para a multidão. “Que seu sangue caia sobre nós e nossos filhos”, a multidão respondeu. <br/>Pilatos viu que era inútil discutir com a multidão. Eles tinham decidido que Yeshua tinha que morrer. Levantando a mão para silenciá-los, ele tomou uma decisão. “Libertem o prisioneiro Barrabás”, gritou ele. “Crucifiquem o Rei dos Judeus.” – Slide número 17
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© Bible Pathway Adventures – Slide número 18